Cidadão de Plástico
Era ontem, não fosse sempre
Densa nuvem radioativa
Blocos inertes de concreto
E uma tristeza desmedida
E o cidadão de plástico
Sabe que sua cidade está morta
Era quando, embora hoje
Do passado fez-se breve
Cruel chama que derrete
Timidez que não se atreve
E o cidadão de plástico
Sabe que sua esperança lhe corta
Era um sonho, distante dorme
A despeito da balbúrdia
Olhos negros em reflexos
Faz-se mister ter concórdia
E o cidadão de plástico
A indiferença suporta
Era simples e inexato
Acalmar o medo indômito
Desbravar a velha sina
Libertar o desejo intrépido
E o cidadão de plástico
Tem poliestireno nas veias
[Mas o cidadão de plástico tem um coração de verdade]
Gian
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1 comentários:
Querido, como sempre vc impressiona... parabens por mais um belo poema, que teu coração nunca se feche ao desejo de se expressar, que se coração sempre carregue esse animo de demonstrar ao mundo tão caótico que temos hoje que ainda existe pessoas com um belo coração igual ao teu guri, parabens... Leticia
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