E eram os mesmos motivos de sempre
E os mesmos erros
De mil maneiras diferentes
Sempre uma desculpa para ferir
Quem já está dilacerado
Mas não dá para curar
Um coração convulso
E um espírito machucado
Sempre de um jeito indiferente
Meigo, atroz e displicente
Com uma certeza contingente
Do que me faz tão descontente
A avidez virou mania
Da saudade fez-se agonia
Já não sinto o que eu sentia
Hoje me afogo em apatia
E de tudo, o que me resta?
Essa vodka indigesta
Disforia desonesta
Noite fria, fim de festa
Ingenuidade
É não saber que
Entre as roseiras existem espinhos
Serei então culpado
Por não notar
As feridas abertas?
Gian